visualizaciones de letras 121.593

Menino de Rua

Jorge de Altinho

Chuva fina na calçada, sinto frio
E quem passa pelas ruas nem me vê
Assim como as águas correm para o rio
Vou correndo contra o tempo pra viver

Sou mais um menino triste que não sabe
Nessa vida, como veio e onde vai
Eu só sinto uma tristeza que me invade
Nunca conhecer mamãe e nem papai

Não sei por que é que eu vim pro mundo desse jeito
Só Papai do Céu é que é perfeito
E sabe que eu não sou feliz assim
Só sei que a minha casa é nesse momento
Um cobertor de folhas e de vento
E a minha cama é um banco de jardim

Quando, às vezes, sinto fome, sou esperto
E descolo a carteira de alguém
Na verdade, eu sei que isso não é certo
E nem sempre, nesses casos me dou bem

Quando chega o Natal eu também choro
É que nunca um presente eu ganhei
Se Papai Noel não sabe onde moro
Nem também meu endereço eu mesmo sei

Não sei por que é que eu vim pro mundo desse jeito
Só Papai do Céu é que é perfeito
E sabe que eu não sou feliz assim
Só sei que a minha casa é nesse momento
Um cobertor de folhas e de vento
E a minha cama é um banco de jardim

Amiguinhos que encontro na esquina
Também sofrem como eu a mesma dor
No encontro entre cola e gasolina
É difícil de entender o que é o amor

Mas, se um dia, na estrada do perigo
Encontrarem na sarjeta de um bordel
Lá no chão o meu corpinho estendido
Todos vão saber na vida que fui eu

Não sei por que é que eu vim pro mundo desse jeito
Só Papai do Céu é que é perfeito
E sabe que eu não sou feliz assim
Só sei que a minha casa é nesse momento
Um cobertor de folhas e de vento
E a minha cama é um banco de jardim


Comentários

Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

0 / 500

Faça parte  dessa comunidade 

Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Jorge de Altinho e vá além da letra da música.

Conheça o Letras Academy

Enviar para a central de dúvidas?

Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

Fixe este conteúdo com a aula:

0 / 500


Opções de seleção

Las más escuchadas de Jorge de Altinho