Dileta
Francisco Petrônio
Nesta noite prateada
Minha terna e doce amada
A chamar-te me insinua
Nos acordes desta lira
Que de amor geme e suspira
Ante o albor níveo da Lua
O rendado da neblina
Mais parece uma cortina
De uma festa de noivado
A Lua é a noiva bela
Recostada na janela
De um palácio constelado
Desperta!
Vem matar o meu desejo
A minh'alma vaga incerta
A procura do teu beijo
Dileta!
Tu formosa e eu poeta
Quero por nos tristes versos meus
As rimas dos beijos teus
Desperta, vem matar meu desejo
A minh'alma, vaga incerta
A procura do teu beijo
Dileta!
Tu formosa e eu poeta
Quero por nos tristes versos meus
As rimas dos teus
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