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Crescente Macharrona

César Oliveira

A enchente chega tapando todo o banhado
E o Santa-Fé pega o nado
Quando vem clareando o dia
A vaca berra no pelado do rodeio
Reclamando o tempo feio
Comendo a palha da cria
O vento sopra num galope desbocado
Se batendo no alambrado
A água costeia o cerro
Faz redemoinhos quando pecha no meu mouro
Murmura berros de touro Lavando o lombo do aterro

E eu de novo vou botá o braço na enchente
Porque a crescente desta vez foi macharrona
O rio tranqueia se escorrando nas barranca
Babando uma espuma branca
Igual potra redomona

Com fé nas linha
Volto de novo ao pesqueiro
E o pintado pescoceiro
Se rebolqueia no anzol
E o aguaceiro vai rolando
Vai rolando
E o aguapé sarandeando
Se perde nos caracol
A esperança rebrota junto ao gramal
Pois renasce o banhadal
Depois que a enchente se vai
O rio matreiro matreireia num bailado
E o posteiro do outro lado
Vara o rio num sapucaí

Compuesta por: Enio Medeiros / Rogerio Villagran. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.
Enviada por Joelson. Revisiones por 4 personas . ¿Viste algún error? Envíanos una revisión.

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