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Pássaro da Montanha

Brenda Mota

As estrelas estremecem juntas
Com o chão que acabara de aceitar
Eu segurei as duas pontas da corda
Mas a cortei no meio para separá-la
Agora posso cantar
Então posso confiar
No vento que fiou e nunca dançou

Gostaria de lembrar quando cantávamos na Lua
Eu e o vento na noite escura
Levantei as mãos para o céu e gritei
Porque o cinza incompleto que me cobriu

Gostaria de lembrar daquele tempo efêmero
Quando a utopia de seus olhos me fez pensar
Que ser seu coração talvez não ajude, mas encarar a realidade não é uma
Má opção

O pássaro em meio ao tempo nublado
Implorou para as montanhas brilharem
Ele voou contra o vento, e as nuvens se dispersaram
Seu voar abriu o pôr do Sol
Ele abraçou o amarelo e o céu voltou a sorrir
Por fim gritou, afirmando que finalmente poderia voar no verdadeiro céu estrelado

Enquanto cantamos na Lua em meio a noite escura
Eu levanto minhas mãos para o alto e sorrio
Finalmente consigo ver a poeira estelar

Enquanto corremos na Lua
Aquela noite escura se clareia
Levantei as mãos para o céu e gritei
Agora só posso agradecer o azul

Eu vivo o tempo efêmero
Aquele que consegue dançar
E formar um forte coração que abraça o horizonte distante
O pássaro que abriu as asas acolheu as estrelas solitárias
Elas cintilam e festejam o novo começo


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