Tão cheio de si, tenta se repelir
De si precisa se aventurar, não sabe como correr
Então se esconde em sua casca
Isso é lástima
Isso é lastimável
Isso é lágrima,
escorre

O seu castelo de areia construído com muito amor e
esmero
Não suporta mais tanta chuva
Catalisa incompreensão
Abala qualquer decisão
Não sabe como agir

Estranho porque enxerga além do feito
E constrói no vento mudança bruta
Mal interpretado quando se redesenha
Reenfeita a sua máscara
Reinventa a sua vida
Ninguém entende

Perfeito seria encontrar um peito
Aberto pra se alojar
É uma busca que frustra
Um amor mesmo sem jeito até pra trautear
Mas que molda e cura
Tão cheio de si
Tenta se repelir

Composição: Igor Pestana