Barco Negro

De manhã, que medo, que me achasses feia!
Acordei, tremendo, deitada na areia.
Mas logo os teus olhos disseram que não,
E o sol penetrou no meu coração!

Mas logo os teus olhos disseram que não,
E o sol penetrou no meu coração!

Vi depois, numa rocha, uma cruz,
E o teu barco negro dançava na luz.
Vi teu braço acenando, entre as velas já soltas.
Dizem as velhas da praia que não voltas:
São loucas! São loucas...

Eu sei, meu amor,
Que nem chegaste a partir,
Pois tudo em meu redor
Me diz que estás sempre comigo. [x2]

No vento que lança areia nos vidros;
Na água que canta, no fogo mortiço;
No calor do leito, nos bancos vazios;
Dentro do meu peito, estás sempre comigo!
No calor do leito, nos bancos vazios;
Dentro do meu peito, estás sempre comigo!

Eu sei, meu amor,
Que nem chegaste a partir,
Pois tudo em meu redor
Me diz que estás sempre comigo. [x4]

Barco Negra

¡Por la mañana, me temo que pensarías que soy fea!
Me desperté, temblando, tumbado en la arena
Pero pronto tus ojos dijeron que no
¡Y el sol ha penetrado en mi corazón!

Pero pronto tus ojos dijeron que no
¡Y el sol ha penetrado en mi corazón!

Entonces vi, en una roca, una cruz
Y tu barco oscuro bailaba bajo la luz
Vi tu brazo agitando entre las velas ya sueltas
Las ancianas en la playa dicen que no regresas
¡Están locos! Están locos

Lo sé, mi amor
Que ni siquiera te fuiste
Para todo a mi alrededor
Dime que siempre estás conmigo. [x2]

En el viento que lanza arena sobre el vidrio
En el agua cantando, en el fuego moribundo
En el calor de la cama, en los asientos vacíos
¡Dentro de mi pecho, siempre estás conmigo!
En el calor de la cama, en los asientos vacíos
¡Dentro de mi pecho, siempre estás conmigo!

Lo sé, mi amor
Que ni siquiera te fuiste
Para todo a mi alrededor
Dime que siempre estás conmigo. [x4]

Composição: Caco Velho / Caco Velho-Piratini / David Mourão Ferreira