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Eu Vou Ser Como A Toupeira
Zeca Afonso
Voy a ser como el topo
Eu Vou Ser Como A Toupeira
Seré como el topo
Eu vou ser como a toupeira
Qué agujero lleno de baches
Que esburaca
Penitencia, dice la hidra
Penitência, diz a hidra
Cuándo a la sequía
Quando à seca
Voy a ser como el gibón
Eu vou ser como a gibóia
Que atormenta
Que atormenta
No hay luz que no se pueda ver
Nao há luz que nao se veja
Desde el páramo
Da charneca
Y no me digas ahora
E nao me digas agora
¿Estás esperando?
Estás à espera
La penitencia dice que la hidra
Penitência diz a hidra
Cuándo a la sequía
Quando à seca
Y si te encuentras en el agujero
E se te enfias na toca
Eres igual que ella
És como ela
Me quiero a mi voluntad
Quero-me à minha vontade
No en el tuyo
Nao na tua
La hidra, dime la verdad
O hidra, diz-me a verdade
Desnudo y crudo
Nua e crua
Será mejor que se acerque a una alcantarilla
Mais vale dar numa sarjeta
Que en las manos
Que na mao
Los que nos envidian la vida
De quem nos inveja a vida
Y tomar el pan
E tira o pao
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