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Meninos do Sertão

Zé Ramalho

Letra

Chicos de las Tierras del Interio

Meninos do Sertão

Cuando recuerdo a los chicos del bosque
Quando me lembro dos meninos do sertão

Miro al cielo y me veo entre los gorriones
Olho pro céu e vejo eu entre os pardais

Recogiendo estrellas, dibujando la soledad
Catando estrelas, desenhando a solidão

Escuchar historias de rifles y generales
Ouvindo histórias de fuzis e generais

Recordando las oraciones que aprendí en el juazeiro
Lembrando rezas que aprendi no juazeiro

Que un guitarrista me enseñó en una canción
Que um violeiro me ensinou numa canção

Bebiendo sueños, también era mi destino
Bebendo sonhos, era assim o meu destino

Otro chico en el polvo de los bosques
Mais um menino na poeira do sertão

Cuando recuerdo a los chicos del bosque
Quando me lembro dos meninos do sertão

Besando flores, fui yo en mi jardín
Beijando flores, era eu em meu jardim

Qué mariposas, bailarines de patio trasero
Qual borboletas, bailarinas de quintais

Y un arco iris de esperanza sólo para mí
E um arco-íris de esperança só pra mim

Y la libertad como un pájaro de seda
E a liberdade feito um pássaro de seda

Volaba alto en mis planes juveniles
Voava alto nos meus planos de menino

En la travesura que solía imitar a mis héroes
Nas travessuras imitava os meus heróis

Luiz gonzaga, lámpara y lámpara de vida
Luiz gonzaga, lampião e vitalino

Cuando recuerdo a los chicos del bosque
Quando me lembro dos meninos do sertão

Veo Hiroshima en apariencia infantil
Vejo Hiroshima nos olhares infantis

Veo la esencia de la desigualdad humana
Vejo a essência da desigualdade humana

En una verdadera mazmorra de los guris
Num verdadeiro calabouço dos guris

Mi corazón late en silencio mientras lloro
Meu coração bate calado enquanto choro

A Dios pido más afecto y atención
A deus imploro mais carinho e atenção

Quita la paja del cuello de esta gente
Tirai a canga do pescoço dessa gente

Que todo lo que necesitas es amor, trabajo y pan
Que só precisa de amor, trabalho e pão

Adiós, carreta de bueyes
Adeus, carro de boi

Adiós, palo de guacamayo
Adeus, pau-de-arara

En el año 2000, ¿qué daño vendrá?
No ano 2000 que mal virá?

Pegamento, carandiru, candelaria
Cola, carandiru, candelária

¿Cuándo va a pasar esto?
Quando isso vai passar?

¿Será, siempre será así?
Será que será, que será sempre assim?

¿Siempre será así?
Será que assim sempre será?

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