Livro Aberto

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Livro Aberto

Esta cama enorme consumiendo la noche
Essa cama imensa consumindo a noite
Este libro abrió como alegoría
Esse livro aberto como alegoria
La lámpara perdida en tu luz
O abajur perdido em sua luz
Esta sed de agua tranquila anhelo
Essa água quieta desejando a sede
El control girando en el aire
O controle girando no ar
El televisor remoto en tu fantasía
A TV remota em sua fantasia
Una alegría que no pasará
Uma alegria que não vai passar
Si vienes
Se você vier

Ese frágil techo que sostiene la luna
Esse teto frágil sustentando a lua
Este libro se abrió como salida
Esse livro aberto como uma saída
La alfombra y su plan de vuelo
O tapete e seu plano de vôo
La hoja repugnante que anticipa el disfrute
O lençol revolto antecipando o gozo
Esta vieja casa de coral
Essa velha casa de coral
Ese caparazón cambia que mi sueño habita
Essa concha muda que o meu sonho habita
La pasión invicta que no pasará
A paixão invicta que não vai passar
Si vienes
Se você vier

Esa radio loca con ojos valvulares
Esse rádio doido de olhos valvulados
Este libro se abrió como una hemorragia
Esse livro aberto como uma sangria
Este nuevo poema sin papel
Esse poema novo sem papel
El papel que recae en mis zapatos podridos
O papel que cabe aos meus sapatos rotos
Mi cara que el espejo no puede ver
O meu rosto que o espelho não vê
La ventana inmóvil en tu unatino
A janela imóvel em seu desatino
Este destino mío que no pasará
Esse meu destino que não vai passar
Si vienes
Se você vier

Esta habitación actuando en mi ausencia
Esse quarto agindo à minha revelia
Este libro se abrió como una indecencia
Esse livro aberto como uma indecência
El deseo es una hogaza de pan
O desejo é um naco de pão
La ilusión expuesta en tanta decepción
A ilusão exposta em tanto desalinho
Una tecla insiste en golpear
Uma tecla insiste em bater
En el tiempo del reloj es una nostalgia tensa
No relógio o tempo é uma saudade tensa
Y esta enorme cama que no pasará
E essa cama imensa que não vai passar
Si vienes
Se você vier