De Papel

De papel de céu se cai o véu
O mel escorre no canto da boca
Rouca a pouca voz que diz
Eu sempre tive alergia a giz
Mas fiz essa escada

O leão que ruge é só papel
Mas suas garras são de prata, origami, arame
Mesmo que o peito inflame
E sempre tão sutil

Eu vi, a acrobata de éter
Que se dedica ao trapézio
Só pra ficar mais perto de si
Só pra ficar mais perto

Coberta de tule branco a lua
De agora em diante é também sua
Nunca vil, nunca vi
Sofrer de amor assim
Com tanta elegância

Papel

Del papel del cielo cae el velo
La miel gotea en la esquina de la boca
ronca la vozcita que dice
Siempre he sido alérgico a la tiza
Pero yo hice esta escalera

El león rugiente es sólo papel
Pero sus garras son de plata, origami, alambre
Incluso si el pecho se inflama
Y siempre tan sutil

Vi, el acróbata éter
Que se dedica al trapecio
Sólo para estar más cerca de ti
Sólo para acercarse

Cubierto de tul blanco a la luna
A partir de ahora, también es tuyo
Nunca vil, nunca visto
Sufrir de amor así
Con tanta elegancia

Composição: Vanessa Bumagny / Zeca Baleiro