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A Violeira

Tom Jobim

Letra

La Violeira

A Violeira

Desde una niña, caprichosa y noreste
Desde menina, caprichosa e nordestina

Lo sabía, mi destino era vivir en Río
Que eu sabia, a minha sina era no Rio ir morar

En Araripe me encontré con un chofer de jeep
Em Araripe topei com um chofer dum jeep

¿Quién fue a Sergipe para el servicio militar?
Que descia pra Sergipe pro serviço militar

Este loco me dejó en Pernambuco
Esse maluco me largou em Pernambuco

Cuando un tipo en un trabuch me pidió salir
Quando um cara de trabuco me pediu pra namorar

Más tarde, en un estado interesante
Mais adiante, num estado interessante

Un vendedor ambulante me llevó a Macapá
Um caixeiro viajante me levou pra Macapá

Un gitano reveló que mi suerte
Uma cigana revelou que a minha sorte

Estaba en ese norte y no quería creerlo
Era ficar naquele Norte e eu não queria acreditar

Junté los trapos con un viejo marinero
Juntei os trapos com um velho marinheiro

Viajé en tu carguero que encalló en Ceará
Viajei no seu cargueiro que encalhou no Ceará

Volví a Crato, fui a hacer manualidades
Voltei pro Crato, fui fazer artesanato

De arcilla buena y barata para guardar el modo
De barro bom e barato pra mode economizar

Yo era un brote y también hice un montón de chico
Eu era um broto e também fiz muito garoto

Uno mejor hecho que el otro, sólo necesitan hablar
Um mais bem feito que o outro, eles só faltam falar

Recogí a la descendencia y me tiré a San Francisco
Juntei a prole e me atirei no São Francisco

Me he enfrentado a un rayo, un cobarde, corrientes y cosas malas
Enfrentei raio, corisco, correnteza e coisa má

Inda se juntó con un artista en Pirapora
Inda arrumei com um artista em Pirapora

Un hijo más y me fui, aquí en Río terminé
Mais um filho e vim-me embora, cá no Rio vim parar

Ver Ipanema era como beber Jurema
Ver Ipanema foi que nem beber Jurema

Qué escena de cine, qué poema junto al mar
Que cenário de cinema, que poema à beira mar

Y no hay policía, ni doctor, ni ziquizira
E não tem tira, nem doutor, nem ziquizira

Quiero ver quién nos saca de este lugar
Quero ver quem é que tira nóis aqui desse lugar

¿Es verdad que vine a esta ciudad?
Será verdade que eu cheguei nessa cidade

¿Así que la primera autoridad decide sacarme?
Pra primeira autoridade resolver me escorraçar?

Con toda la basura volviendo a Mantiqueira
Com a tralha inteira remontar a Mantiqueira

Hasta que llegue a los rápidos, ¿San Francisco me lleva?
Até chegar na corredeira, o São Francisco me levar?

Distraerme en los brazos de un barquero soñoliento
Me distrair nos braços de um barqueiro sonso

Bombeando en Paulo Afonso, el océano me ahoga
Despencar na Paulo Afonso, o oceano me afogar

Perder a sus hijos en Fernando de Noronha
Perder os filhos em Fernando de Noronha

¿Y volver a los bosques de Quixada con vergüenza?
E voltar morta de vergonha pro sertão de Quixadá?

Es apropiado, después de todo este tormento
Tem cabimento, depois de tanto tormento

¿Casarte con un sargento y cada sueño de desmoronarse?
Me casar com algum sargento e todo sonho desmanchar?

Sin fruncir el ceño, sin tractor, sin palanca
Não tem carranca, nem trator, nem alavanca

¡Quiero ver quién puede sacarnos de este lugar!
Quero ver quem é que arranca nós aqui desse lugar!

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