Filha da Roça
Rionegro e Solimões
A viola está chorando
O seu pranto de saudade
Não está mais suportando
A violência da cidade
Ela que veio do mato
Trazer o cheiro da terra
Não aceita o progresso
Com o seu clima de guerra
Volte de novo viola
Leve o som do seu artejo
Vá buscar a sua paz
Nos braços de um sertanejo
A viola é filha da roça
Foi nascida lá na mata
Aprendeu a cantar mágoas
Com murmúrio da cascata
E hoje aqui distante
Está vivendo emudecida
Eu choro também com ela
São iguais as nossas vidas
Vamos embora viola
Chega de tanta ilusão
Nós não somos da cidade
Nosso berço é o sertão
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