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Olhos Estranhos
Pedro Moutinho
Ojos extraños
Olhos Estranhos
Tus ojos son de esos
Os teus olhos são dos tais
Que sólo se reúne una vez
Que só se encontra uma vez
Dios hizo el tuyo, ya no lo hizo
Deus fez os teus, não fez mais
Para ver el peligro que has hecho
Por ver o perigo que fez
Tienen el color de los celos
Têm a cor do ciúme
Tan extrañamente enroscado
Tão estranhamente anilada
Hermosa como el amanecer
Lindos como a madrugada
Etéreo como perfume
Etéreos como o perfume
Suave como el lloriqueo
Suaves como o queixume
De la ola que se derrumbó
Da onda que se desfez
Tomado por las mareas
Levada pelas marés
Que la playa ya no vuelve
Que à praia não volta mais
Tus ojos son de esos
Os teus olhos são dos tais
Que sólo se reúne una vez
Que só se encontra uma vez
Pero verlos la primera vez
Mas vê-los a vez primeira
Es ver la luz suave y cruda
É ver a luz meiga e crua
Desde la luna, cuando flota
Da Lua, quando flutua
En el cielo azul, alto
No azul do céu, altaneira
Desde la luna, cuando flota
Da Lua, quando flutua
En el cielo azul, alto
No azul do céu, altaneira
Tus ojos traen ceguera
Teus olhos trazem cegueira
D “amor y borracho
D’amor e de embriaguês
Por eso, tal vez
Será por isso, talvez
Que al conocerlos tan fatales
Que ao sabê-los tão fatais
Dios hizo el tuyo, ya no lo hizo
Deus fez os teus, não fez mais
Para ver el peligro que has hecho
Por ver o perigo que fez
Dios hizo el tuyo, ya no lo hizo
Deus fez os teus, não fez mais
Para ver el peligro que has hecho
Por ver o perigo que fez
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