O Último Medo do Ano
Paulinho Kokay
As dores que eu senti
Jamais serão cicatrizes
Os sonhos que eu perdi
Não serão versos tristes
Já não tenho medo
Nem do escuro, nem da chuva
Não sofro no silêncio
Não existe mais segredo
Já não há mais tristeza
Apenas o desejo
De segurar suas mãos
E passear pela praia
Molhando os pés com sal
Hoje sou passarinho rasteiro
Que contempla os arrebóis
Que chama a lua de amor
Que sorri quando acorda
E vai dormir feliz
Esse vai ser o último medo
Que eu sinto no ano
Não vou mais chorar
Nem temer lhe perder
Por engano
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