Filosofia

O mundo me condena, e ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber se eu vou morrer de sede
Ou se vou morrer de fome
Mas a filosofia hoje me auxilia
A viver indiferente assim
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Pra ninguém zombar de mim
Não me incomodo que você me diga
Que a sociedade é minha inimiga
Pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba, muito embora vagabundo
Quanto a você da aristocracia
Que tem dinheiro, mas não compra alegria
Há de viver eternamente sendo escrava dessa gente
Que cultiva hipocrisia

Filosofía

El mundo me condena, y nadie siente pena
Siempre malhablando mi nombre
Dejando que no sepa si voy a morir de sed
O si voy a morir de hambre
Pero la filosofía hoy me ayuda
Vivir indiferentes así
En esta preparación sin fin
Estoy fingiendo ser rico
Así que nadie se burla de mí
No me importa que me lo digas
Que la sociedad es mi enemigo
Por cantar en este mundo
Vivo esclavo de mi samba, aunque vagabundo
En cuanto a ti de la aristocracia
¿Quién tiene dinero, pero no compra alegría
Vivirás para siempre siendo esclavos de esta gente
Quien cultiva la hipocresía

Composição: Noel Rosa