Minha fé vem da colheita, fartura
Minha solidão aceita, ternura tua
Terra de solo bom, tom
Trigo, pão bom, João
Fruta boa, já madura. Traz as crianças

Mas quando a natureza decidir intervir
Geada, friarada, vêm na Alvorada
Verdura agora queima, João teima, escassura

Entre índios e seus cemitérios, prédios
História morta em estacionamentos
História privatizada,
Globalização, consumo, pão, circo, arte,
Alimento e alegria
A nova luz
A nova ordem
Inundação
Belo Monte
Esperança, fé, revolução
Minha fé vem da colheita, fartura

Composição: Gustavo Marques / Júlio Moura