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Seu Esmilindro
Jayme Caetano Braun
Su Esmilindro
Seu Esmilindro
Ese de allí, calentándose
Aquele ali, se esquentando,
¿Quién parece estar dormido
Que parece estar dormindo,
Es el viejo «tu» Esmilindro
É o velho "seu" Esmilindro
Que por el fuego se esconde
Que ao pé do fogo se esconde,
Cuando hablan con él, él responde
Quando lhe falam, responde,
Pero si no, vive en silencio
Mas senão, vive calado,
Aspecto triste y entrelazado
Olhar triste, entrecerrado
¡Perdido, no sé dónde!
Perdido, não sei onde!
Son esos indios del centro vacacional
É desses índios de estância
Que nadie conoce el drama
Que ninguém conhece o drama.
Sólo está el arnés de la cama
Tem só os arreios da cama
Y un viejo poncho que lo cubre
E um poncho velho que o cobre.
Y aunque nunca se dobla
E embora nunca se dobre,
No al gasser más duro
Nem ao guascaço mais duro,
No te importa el futuro
Pouco lhe importa o futuro,
¡Porque naciste para ser pobre!
Pois já nasceu pra ser pobre!
Lo sabes un poco
Conhece de tudo um pouco,
Trenza, cordones y ginetea
Trança, laça e gineteia
No hablas de la vida de los demás
Não fala da vida alheia
Ni siquiera te metes en una discusión
Nem se mete em discussão
Y ya en el primer flash
E já ao primeiro clarão,
La estrella de Alva saliendo
A estrela d'alva saindo
Encuentra el viejo Esmilindro
Encontra o velho Esmilindro
¡De pie, golpeando!
De pé, batendo tição!
Es el que recoge los caballos
É quem recolhe os cavalos
Mucho antes de que llegue el día
Bem antes que o dia venha,
Tiras de agua y corta leña
Puxa água e corta lenha
Por la grieta en la cocina
Pra as chinocas da cozinha.
Es el que se preocupa por el pollo
É quem cuida de galinha
Y dale peculiaridades a la polla
E dá quirera pra pinto.
Lo sabes todo por instinto
Sabe tudo por instinto
¡Y lo que no sabes, adivina qué!
E o que não sabe, adivinha!
Se acercó un día al complejo
Surgiu um dia na estância
Al culo de un Baio-Ranian
Ao tanco dum baio-ruano
Y se quedó. Ha pasado un año
E ficou. Passou-se um ano,
Se quedó, hasta que
Foi ficando, até ficar...
Y al final de tanto duelo
E ao fim de tanto penar
Sólo hay, además del hueso
Só tem, além da ossamenta,
Ese fuego donde se calienta
Esse fogo onde se esquenta
Y este cobertizo es tu hogar
E esse galpão que é o seu lar.
A nadie le dice de dónde vino
A ninguém diz de onde veio
Ni adónde vas
Nem tampouco pra onde vai.
Sin mano, sin padre
Não tem mão, nem teve pai
Para darle un nombre
Que lhe acolherasse um nome
Y a medida que desapareces
E à medida que se some
En la tremenda amargura
No tremendal da amargura
Verás eso sin ternura
Vai vendo que sem ternura
Las almas mueren de hambre
As almas morrem de fome.
Es por eso que por el fuego
Por isso é que ao pé do fogo
Cabislow y tranquilo
Cabisbaixo e silencioso
Vive pensando en el descanso
Vive a pensar no repouso
Desde la cruz del campo, solo
Da cruz do campo, sozinha,
Cuando hay en la tarde
Quando ali de tardezinha
El viento sigue repitiendo
O vento for repetindo:
Un hombre llamado Esmilindro duerme aquí
Dorme aqui um tal de Esmilindro
¡No tenía apellido!
Que nem sobrenome tinha!
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