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Arroz de Carreteiro

Jayme Caetano Braun

Letra

Arroz Transportador

Arroz de Carreteiro

Noble menú criollo de los viajes primitivos
Nobre cardápio crioulo das primitivas jornadas,

Nacido en los carros de Rio Grande abarbarado
Nascido nas carreteadas do Rio Grande abarbarado,

Ciertamente en eso inspirado, el viejo campeón Xiru
Por certo nisso inspirado, o xiru velho campeiro

Te llamó «Carreteiro», mi viejo arroz estofado
Te batizou de "Carreteiro", meu velho arroz com guisado.

No hay misterio el temperamento de este manjar baguar
Não tem mistério o feitio dessa iguaria bagual,

Es xarque - arroz - grasa - sal
É xarque - arroz - graxa - sal

Es agua pura en cantidad
É água pura em quantidade.

Pon un fuego real en la olla de grosella
Meta fogo de verdade na panela cascurrenta.

Ajo - cebolla o pimienta, esto como lo harás
Alho - cebola ou pimenta, isso conforme a vontade.

No hay lujo - todo es simple, para hacer un cuidador
Não tem luxo - é tudo simples, pra fazer um carreiteiro.

Si hay algún «marinero» en el camino sale
Se fica algum "marinheiro" de vereda vem à tona.

Bote - si hay - mejorana, lo que le da un mejor gusto
Bote - se houver - manjerona, que dá um gostito melhor

Tapiando el sudor amargo que
Tapiando o amargo do suor que -

A veces viene del paseo
às vezes, vem da carona.

Por encima de esa basura de uso
Pois em cima desse traste de uso tão abarbarado,

Ahí es donde se corta el estofado ligero con destreza
É onde se corta o guisado ligeirito - com destreza.

Plato áspero - para seguro
Prato rude - com certeza,

pero cuando hierve en una voz ronca
mas quando ferve em voz rouca

Boca agua la princesa más dengosa
Deixa com água na boca a mais dengosa princesa.

¡Oh! ¡Oh! Cómo te echo de menos
Ah! Que saudades eu tenho

de los tiempos en que tropecé
dos tempos em que tropeava

Cuando volví a mi mente
Quando de volta me apeava

en una estufa retumbando el olor
num fogão rumbeando o cheiro

Y por allí - tarimbeiro, cansado de golpear la pezuña
E por ali - tarimbeiro, cansado de bater casco,

Olvidé la barbacoa saboreando a un hombre de carretera
Me esquecia do churrasco saboreando um carreteiro.

Tan pronto como aterricé, me tiré a través de la cabra
Em quanto pouso cheguei de pingo pelo cabresto,

A falta de cualquier otro pretexto que pida una deficiencia
Na falta de outro pretexto indagando algum atalho,

Pero siempre para ver la basura donde hierve la olla
Mas sempre ao ver o borralho onde a panela fervia

Solía decir: «Estás en casa del trabajo
Eu cá comigo dizia: chegou de passar trabalho.

Así que - mi plato xucro, me detengo terminado
Por isso - meu prato xucro, eu me paro acabrunhado

Para verte fingir en la cocina del pueblo
Ao te ver falsificado na cozinha do povoeiro

Desvirtuado por el dinero a la tradición gauchesca
Desvirtuado por dinheiro à tradição gauchesca,

Guiso de carne fresca, no arroz portador
Guisado de carne fresca, não é arroz de carreteiro.

Hoy te matan en Mingua, en palacio y restaurante
Hoje te matam à Mingua, em palácio e restaurante

Pero no hay nadie a quien reprimir
Mas não há quem te suplante,

ni que el mundo se derrita
nem que o mundo se derreta,

Si estás hecho en una sartén negra, servido en un plato de hojalata
Se és feito em panela preta, servido em prato de lata

¡Bombeando la luna plateada bajo el cuinch del remolque!
Bombeando a lua de prata sob a quincha da carreta!

Así que cuando llegue aquí
Por isso, quando eu chegar,

en alguna cocina del más allá de la vida
nalgum fogão do além-vida,

Si no hay comida allí, le he pedido consuelo a Dios
Se lá não houver comida já pedi a Deus por consolo,

Que por la cocina criol
Que junto ao fogão crioulo,

Cuando oscurece, mi amargo mate sorping
Quando for escurecendo, meu mate -amargo sorvendo,

En un caballo en algún tronco, escuchar al menos los ronquidos
A cavalo nalgum tronco, escute, ao menos, o ronco

De un «Roreman» hirviendo
De um "Carreteiro" fervendo.

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