Lamento da Raça

O índio chorou
O branco chorou
Todo mundo está chorando
A amazônia está queimando
Ai, ai, que dor
Ai, ai, que horror

O meu pé de sapopema
Minha infância virou lenha
Ai, ai, que dor
Ai, ai, que horror

Lá se vai a saracura correndo dessa quentura
E não vai mais voltar
Lá se vai onça-pintada fugindo dessa queimada
E não vai mais voltar
Lá se vai a macacada junto com a passarada
Para nunca mais voltar
Para nunca mais, nunca mais voltar

Virou deserto o meu torrão
Meu rio secou, pra onde vou?
Eu vou convidar a minha tribo pra brincar no Garantido
Para o mundo declarar
Nada de queimada ou derrubada
A vida agora é respeitada, todo mundo vai cantar

Vamos brincar de boi, tá Garantido
Matar a mata não é permitido
Vamos brincar de boi, tá Garantido
Matar a mata não é permitido

Vamos brincar de boi, tá Garantido
Matar a mata não é permitido
Vamos brincar de boi, tá Garantido
Matar a mata não é permitido

Vamos brincar de boi, tá Garantido
Matar a mata não é permitido
Vamos brincar de boi, tá Garantido
Matar a mata não é permitido

Raza lamento

El indio lloró, los blancos lloraron
Todo el mundo está llorando
El Amazonas se está quemando
Oh, oh, qué dolor
Oh, oh, qué horror
Mi pie de sapopema
Mi infancia se convirtió en leña
Oh, oh, qué dolor
Oh, oh, qué horror
Ahí va la saracura corriendo de ese calor
Y no volverá
Ahí va la onza pintada huyendo de esa quemadura
Y no volverá
Ahí va el mono con la pasarela
Para nunca volver
Para nunca, nunca volver
Se volvió desierto mi bulto
Mi río se ha secado, ¿a dónde voy?
Voy a invitar a mi tribu
Para jugar en el
Para que el mundo declare
No se quema ni se derriba
La vida ahora es respetada todo el mundo cantará
Juguemos al buey, está garantizado
Matar el bosque no está permitido

Composição: EMERSON MAIA