Nunca Se Sabe

Sei que parecem idiotas
As rotas que eu traço
Mas tento traçá-las eu mesmo
E, se chego sempre atrasado
Se nunca sei que horas são
É porque nunca se sabe
Até que horas os relógios funcionarão
Sem dúvida a dúvida é um fato
Sem fatos não sai um jornal
Sem saída ficamos todos presos
Aqui dentro faz muito calor
Sempre parecem idiotas
As rotas que eu faço
Sempre tarde da noite
E se ando sempre apressado
Se nunca sei que horas são
É porque nunca se sabe
É porque nunca se sabe
Nem sempre faço o que é
Melhor pra mim
Mas nunca faço o que eu
Não tô afim de fazer
Nem sempre faço o que é
Melhor pra mim
Mas nunca faço o que eu
Não tô afim
Não quero perder a razão
Pra ganhar a vida
Nem perder a vida
Pra ganhar o pão
Não é que eu faça questão de ser feliz
Eu só queria que parassem
De morrer de fome a um palmo do meu nariz
Mesmo que pareçam bobagens
As viagens que eu faço
Eu traço meus rumos eu mesmo (a esmo)
E se nunca sei a quantas ando
Se ando sem direção
É porque nunca se sabe
É porque nunca se sabe

Nem sempre faço o que é melhor pra mim
Mas nunca faço o que eu
Não tô afim de fazer
Não viro vampiro, eu prefiro sangrar
Me obrigue a morrer
Mas não me peça pra matar, não!

Nunca se sabe

Sé que parecen idiotas
Las rutas que dibujo
Pero trato de rastrearlos yo mismo
Y si siempre llego tarde
Si nunca sé qué hora es
Es porque nunca se sabe
Hasta qué hora funcionarán los relojes
Sin duda un hecho es un hecho
Sin hechos, no sale ningún periódico
No hay salida, todos estamos atascados
Hace demasiado calor aquí
Siempre parecen idiotas
Las rutas que hago
Siempre tarde en la noche
Y si siempre estoy en un apuro
Si nunca sé qué hora es
Es porque nunca se sabe
Es porque nunca se sabe
No siempre hago lo que es
Mejor para mí
Pero nunca hago lo que
No estoy de humor para hacerlo
No siempre hago lo que es
Mejor para mí
Pero nunca hago lo que
No estoy de humor
No quiero perder la cabeza
Para ganarse la vida
Ni pierdas tu vida
Para ganar el pan
No es que yo haga un punto de ser feliz
Sólo quería que pararan
Morir de hambre dentro de un pie de mi nariz
Incluso si suenan tonto
Los viajes que hago
Yo mismo dibujo mis direcciones (al mismo tiempo)
Y si nunca sé cuántos camino
Si camino sin dirección
Es porque nunca se sabe
Es porque nunca se sabe

No siempre hago lo mejor para mí
Pero nunca hago lo que
No estoy de humor para hacerlo
No me convido en vampiro, prefiero sangrar
Hazme morir
¡Pero no me pidas que mate, no!

Composição: Humberto Gessinger