Asa Branca

Quando olhei a terra ardendo qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornalha, nenhum pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado, morreu de sede meu alazão
Por falta d'água perdi meu gado, morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a Asa Branca bateu asas do sertão
Entonce eu disse: adeus Rosinha, guarda contigo meu coração
Entonce eu disse: adeus Rosinha, guarda contigo meu coração
Hoje longe muitas léguas nessa triste solidão
Espero a chuva cair de novo pra eu voltar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo pra eu voltar pro meu sertão
Quando o verde dos teus olhos se espaiá na plantação
Eu te asseguro, não chores não, viu, que eu voltarei, viu, meu coração
Eu te asseguro, não chores não, viu, que eu voltarei, viu, meu coração

Ala blanca

Cuando miré la tierra ardiendo como la hoguera de San Juan
Le pregunté a Dios en el cielo por qué tal Judiación
Le pregunté a Dios en el cielo por qué tal Judiación

Qué brasero, qué horno, sin pies de plantación
Por falta de agua perdí mi ganado, morí de sed mi acedera
Por falta de agua perdí mi ganado, morí de sed mi acedera

Inté incluso el ala blanca aleteado alas de los bosques
Entonces dije: adiós Rosinha, guarda contigo mi corazón
Entonces dije: adiós Rosinha, guarda contigo mi corazón

Hoy muy lejos muchas ligas en esta triste soledad
Espero a que caiga la lluvia de nuevo para poder volver a mi bosque
Espero a que caiga la lluvia de nuevo para poder volver a mi bosque

Cuando el verde de tus ojos se despeje en la plantación
Te aseguro, no llores. No, verás, volveré, verás, mi corazón
Te aseguro, no llores. No, verás, volveré, verás, mi corazón

Composição: Humberto Teixeira / Luiz Gonzaga