Canarinho Prisioneiro
Sou aquele canarinho
Que cantou em seu terreiro
Em frente sua janela
Eu cantava o dia inteiro
Depois fui pra uma gaiola
E me fizeram prisioneiro
Me levaram pra cidade
Me trocaram por dinheiro
No porão daquele prédio
Era onde eu morava
Me insultavam pra cantar
Mas de tristeza eu não cantava
Naquele viver de preso
Muitas vezes imaginava
Se eu arrombasse essa gaiola
Pro meu sertão eu voltava
Um dia de tardezinha
Veio a filha do patrão
Me viu naquela tristeza
E comoveu seu coração
Abriu a porta da grade
Me tirando da prisão
Vá-se embora canarinho
Vá cantar no seu sertão
Hoje estou aqui de volta
Desde às altas madrugadas
Anunciando o entardecer
E o romper da alvorada
Sobrevoando a floresta
E alegrando minha amada
Bem feliz por ter voltado
Pra minha velha morada
Prisionero Canario
soy ese canario
que cantaba en su patio
frente a tu ventana
canté todo el día
Luego fui a una jaula
Y me tomaron preso
me llevaron a la ciudad
me cambiaron por dinero
En el sótano de ese edificio
era donde yo vivia
Me insultaron por cantar
Pero por tristeza no canté
En esa vida de prisión
a menudo imaginado
Si irrumpí en esta jaula
volveria a mi sertão
Una tarde
Vino la hija del jefe
me vio en esa tristeza
Y tocó tu corazón
Abrió la puerta de la rejilla
sacándome de la cárcel
vete canario
Ve a cantar en tu sertão
Hoy estoy de vuelta aquí
desde la madrugada
anunciando la puesta de sol
Y el amanecer
volando sobre el bosque
Y animando a mi amado
muy feliz de estar de vuelta
a mi antiguo hogar
Composição: Ramoncito Gomes