Vou-te Contar

Vem, vou-te contar
Por dentro dos meus sonhos
Como que uma aurora
Chegou de longe e veio pra me ver
Que envergonhada eu fui e agora

Vem, vou-te contar
Atravessou os meus versos, fez-se luz
Beijou-me as mãos
Deixou-me o seu perfume
Negro lume a entrançar
Bem devagar
As linhas leves da minh'alma
Folhas da minh'alma
Versos só de calma
E fez lugar do que era meu
E rescreveu, qual mão de Deus
As pedras que eram dor no meu caminho
E eu cega de paixão e de desejo
Dei-lhe um beijo sem querer

Parou o tempo aqui na minha boca
E, meu amor, que aconteceu
Que tudo o que foi nosso
À frase rouca de um adeus em ti morreu?
Então olha os meus olhos
E hoje vem, vou-te contar

Te lo diré

Vamos, te lo diré
Dentro de mis sueños
Como una aurora
Has recorrido un largo camino y venido a verme
Lo avergonzado que estaba y ahora

Vamos, te lo diré
A través de mis versos, había luz
Bésame las manos
Me dejó su perfume
Fuego negro para trenza
Despacio y despacio
Las líneas de luz de mi alma
Hojas de mi alma
Versos sólo de calma
Y hizo lugar de lo que era mío
Y reescribió, qué mano de Dios
Las piedras que eran dolor en mi camino
Y ciego con pasión y deseo
La besé accidentalmente

Detenido el tiempo aquí en mi boca
Y, mi amor, lo que pasó
Que todo lo que era nuestro
¿A la frase ronca de un adiós en que murió?
Así que mira mis ojos
Y hoy viene, te lo diré

Composição: Diogo Clemente