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Canção Da Chuva
Adelaide Ferreira
Canción de la Lluvia
Canção Da Chuva
Por esa lluvia cayendo allí
Por essa chuva a cair lá fora
Por esta luz que ya llena el aire
Por essa luz que já enche o ar
Para esta noche que es larga
Por essa noite que se demora
Y no quieres pasar
E não quer passar
Para esa voz llamando en la oscuridad
Por essa voz a chamar no escuro
Por la canción que viene del mar
Pela canção que vem do mar
Por las palabras que no estoy buscando
Pelas palavras que não procuro
Ni siquiera quiero encontrar
Nem quero achar
Para aquellos que se acercan sin ruido
Por quem se aproxima sem ruído
Escabullirse
De mansinho
Y déjalo pasar
E deixa ao passar
En el aire un silencio, en los sentidos
No ar um silêncio, nos sentidos
Como un vino
Como um vinho
Eso me recuerda
Que me faz lembrar
Esquinas prohibidas
Antigos cantos proíbidos
Para cantar
De se cantar
Por quién, en mi cuerpo
Por quem, no meu corpo
Los misterios
Os mistérios
Más oculto
Mais escondidos
Insiste en despertarse
Teima em acordar
Hay una terquedad en despertar
Há teima em acordar
Para aquellos días que huyeron de mí
Por esses dias que me fugiram
A través de los dedos sin parar
Por entre os dedos sem se deter
Como esta lluvia cayendo en la calle oscura y desnuda
Como essa chuva a cair na rua sombria e nua
Sin mí saber
Sem eu saber
Tal vez sólo porque estamos solos
Talvez só por estarmos sós
Esta noche en nosotros
Esta noite em nós
Insistir en llevarnos, por el aire, por el aire
Insista em nos levar, p'lo ar, p'lo ar
Para el aire
P'lo ar...
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